01 março 2010

A INFLUÊNCIA DO CRISTÃO: O SAL E A LUZ-- PARTE II

A fim de definir a natureza de sua influência, Jesus recorreu a duas metáforas domésticas. Todo lar por mais pobre que seja, usava e ainda usa tanto o sal como a luz.Durante a sua própria infância, Jesus devia ter observado frequentemente sua mãe usando o sal na cozinha e acendendo as luzes quando o sol se punha. Sal e luz são utilidades domésticas indispensáveis .
Diversos comentaristas citam o ditado de Plinio, de que nada é mais út
il do que o "sal e o sol"
( sale et sole). A necessidade da luz é óbvia. O sal
por outro lado, tem uma variedades de uso. É condimento e possue a qualidade de preservar. Parece que já era reconhecido desde os tempos imemoriais como componente essencial da dieta humana e um tempero ou condimento alimentar " Comer-se-à sem sal o que é insípido" ( 6:6 )
Entretanto, particularmente nos séculos antes do invento da refrigeração, ele era usado para preservar a carne do apodrecimento. E na verdade ainda o é. Qual é o brasileiro que nunca comeu ou pelo menos não ouviu falar da famosa carne de sol, ou charque, jabá, carne-do-ceará..?
Qualquer que seja o nome dado, de acordo com a região, o segredo é sempre o mesmo: o sal, que conserva e lhe da sabor.
A verdade básica que jaz por de trás destas metáforas, sendo comum as duas, é que a Igreja e o mundo são comunidades separadas. De um lado está a "terra"; de outro, "vós" que sois o sal da terra. De um lado está o "mundo"; de outro, "vós" que sois a luz do mundo. É verdade que as duas comunidades ("eles" e "vós") estão relacionados uma com a outra, mas essa relação depende da sua diferença. É importante declará-lo hoje em dia, quando é teologicamente elegante tornar obscura as fronteiras entre a Igreja e o mundo, bem como referir-se a toda a humanidade indiscriminadamente como "o povo de Deus"
Mais ainda, as metáforas nos dizem algo sobre as duas comunidades. O mundo é evidentemente um lugar escuro, com pouca ou nenhuma luz própria, pois precisa de uma fonte de luz externa para ilumina-lo. È verdade que ele (o mundo) "está sempre falando de sua iluminação", mas na realidade grande parte de sua pretensa luz não passa de trevas. O mundo manifesta também uma tendência constante a deterioração. A idéia não é que o mundo seja insípido e que os cristãos o tornam menos insípido(" a idéia de que se possa tornar o mundo mais agradável a Deus é totalmente absurda), mas que o mundo está apodrecendo. Ele não pode impedir a sua própria deterioração. Apenas o sal, para interromper, ou pelo menos retardar, o processo da corrupção social; e, como luz, para desfazer as trevas.



Um comentário:

  1. Paz amado.
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